15 outubro 2009

Bastardos Inglórios

O novo filme do Tarantino é realmente fantástico! Fomos assistir eu, Raka e Leprevost no último domingo, dia 11. Eu já lido esta matéria na Folha há alguns dias, onde eles listam os filmes que inspiraram o diretor nesta empreitada. Mas ler, hoje, depois de ter assistido esta obra prima, torna-se muito mais interessante e pertinente. Preciso agora assistir estes clássicos para entender quais foram suas inspirações. É incrível como Tarantino mescla estas referências todas num mesmo filme e tudo casa de forma fantástica. Western, guerra, psicodelismo, pulp... Realmente ele se supera nos diálogos, depois de Pulp Fiction estava sendo difícil alcançar. Mas os primeiros 20 minutos do filme já mostram a que veio. E não são só os momentos de falação que eu me refiro, mas as pausas silenciosas entre eles. Tarantino é mestre em criar grandes climas. Também cria personagens com características tão fortes que fica difícil aceitar que eles sumam da película. Conversando depois sobre o filme, Leprevost achou a palavra certa para definir: exumação. Sim! Bastardos Inglórios é uma exumação do nazismo. O Tarantino abre a sepultura de Hitler e libera todas aquelas atrocidades lá de dentro. Mas aí ele reescreve a história do seu modo. Conversa com as caveirinhas. Segundo suas próprias palavras: " Meus personagens não existiram". O cinema assume a forma de espectro salvador, onde nós espectadores também podemos atuar e sentir o prazer da vingança, que a estória chama de "vingança judia", mas que eu chamo de "vingança da arte"!

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